Pediu-me o Portal iMulher que expressasse a opinião masculina sobre o Dia Internacional da Mulher.
Primeiras manifestações femininas
As primeiras manifestações femininas reivindicando direitos para as mulheres surgiram no início do Século XX e logo começaram a surtir efeito.

Em 1920, os Estados Unidos aprovaram a 19ª emenda constitucional que estabeleceu o direito de voto para as mulheres. A legislação brasileira autorizou o voto das mulheres em 1932.
90 anos atrás as mulheres sequer podiam votar; atualmente são eleitas para todos os cargos eletivos.
Para citar casos atuais de maior destaque, são mulheres a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen.

De acordo com o Mapa das Mulheres na Política 2020, publicado pela ONU e pela União Interparlamentar (UIP) e que analisou 179 parlamentos nacionais e 13 regionais, as mulheres representam 25,4% dos parlamentares no mundo.
Pouco, pois deveria ser 50%? Pode ser, mas olhemos os dados de outro ângulo. 100 anos atrás as mulheres sequer votavam. Em 1995, 25 anos atrás, a proporção de mulheres nos parlamentos era de apenas 11,3%. As mulheres ganharam espaço e vêm ganhando cada vez mais.
As celebrações
O Dia Internacional da Mulher celebra a dignidade alcançada pelas mulheres como ser humano e a sua valorização diante da sociedade como ser pleno de direitos e deveres e não apenas um ser com papeis secundários.
Não há profissão que o homem exerça que a mulher não seja capaz de exercer. Embora mulheres não devam lutar contra homens, as mulheres são até lutadoras profissionais de boxe, jiu jitsu e MMA.

A data celebra a luta das mulheres por igualdade, a luta contra preconceitos e as vitórias alcançadas.
As mulheres devem mesmo celebrar o 8 de março, para se enaltecerem, se valorizarem e se louvarem. E os homens devem celebrar a data enaltecendo, celebrando e louvando as mães, esposas, companheiras, filhas, amigas, colegas de trabalho e chefes pelas conquistas que elas alcançaram. E, principalmente, valorizando-as como elas merecem.
Elas não somente conquistaram espaços; depois das conquistas elas demonstraram plena capacidade para cumprir com louvor os cargos e as responsabilidades que chamaram para si.
Usurpação
A nota destoante das comemorações do Dia Internacional da Mulher é que mulheres de sovaco cabeludo e de seios de fora nas ruas tentam se apossar da data, como se elas fossem as verdadeiras representantes das mulheres e as legítimas defensoras da igualdade entre os sexos.

Vídeos mostraram cena de uma professora (?) evacuando na rua sobre a fotografia de um político. Mulheres dessa natureza não querem equiparar-se aos homens; equiparam-se aos animais ou àquilo que os homens têm de pior. A foto e o vídeo, disponíveis nas redes sociais, são tão grosseiros e repulsivos que não merecem constar deste artigo.
As virtudes características da mulher são a feminilidade, a meiguice, a sensibilidade para enfrentar problemas, a maneira doce de enxergar o mundo e as pessoas, o carinho e o jeito peculiar de “comer mingau quente pelas bordas”, com o que ela consegue dobrar o homem e resolver os problemas de maneira mais pacífica que eles.
Manifestações desvirtuadas, que têm negado a feminilidade às mulheres, têm tirado a beleza da celebração da data e seus reais objetivos.
Caminhos a percorrer
Abordando apenas o Brasil e deixando de lado outros países, evidentemente ainda há conquistas a serem feitas pelas mulheres.
Há diferenças salariais entre homens e mulheres em razão do sexo.
Há feminicídios porque homens se julgam proprietários de mulheres.
Há discriminações contra a mulher.
As mulheres ainda são minoria nos parlamentos.
Há violação dos direitos humanos em áreas, como no trabalho, na política, na educação e na vida pessoal.
Assim como obtiveram grandes conquistas em um século, elas seguramente farão essas novas conquistas.
As diferenças
Evidentemente, as diferenças entre homem e mulher existem e devem ser respeitadas.

O Dia Internacional das Mulheres não deve ser confundido como data feminista de mulheres que se pretendem iguais aos homens em todos os aspectos.
Há diferenças entre homens e mulheres que têm de ser consideradas e respeitadas. Mas essas diferenças devem servir para tornar homens e mulheres complementares; jamais para criar dominação, subordinação ou mando de um gênero sobre o outro.
Cláudio Duarte.
Colunista e colaborador do Portal iMulher.
2 Comentários
A mulher é de fundamental importância, não apenas para o apoio emocional e moral, mas também como uma parceira que incentiva o crescimento e a evolução contínua de todo homen.
Parabéns pela matéria!
Considero importante darmos destaque e valorizarmos as diferenças naturais entre os dois sexos, mas as diferenças devem parar por aí, porque no mais, são iguais em seus direitos de existir.