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Quando suas armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, a força exaurida e seus fundos gastos, outro comandante aparecerá para tirar vantagem da sua penúria.
Sun Tzu, A Arte da Guerra.
O trabalho não deve ser encarado apenas como o meio de ganhar dinheiro e meios para subsistência. Cabe ao gestor motivar seus colaboradores para que eles tenham sentido no trabalho.
Conheço um casal que educa o filho da seguinte forma. Ao saírem de casa para trabalhar, os pais não dizem ao filho que vão trabalhar porque precisam ganhar dinheiro para o sustento da casa; ambos dizem ao filho que vão trabalhar para ajudar as pessoas.
O gestor deve fazer seus colaboradores verem sentido a mais do que a mera subsistência. Eles não devem trabalhar apenas pelo dinheiro; devem ter objetivo maior, de ajudar, de fazer diferença na vida de outras pessoas que buscam sua ajuda, de ser útil.
Quem trabalha pelo salário cumpre apenas sua obrigação para fazer jus ao dinheiro que recebe ao final do mês. Quem tem objetivos maiores trabalha com a satisfação de ser útil, de servir, de apoiar, de ver a empresa crescer e de participar da evolução dela.
Quem trabalha pelo salário chega em casa ao final do dia cansado e com a sensação de que cumpriu sua obrigação. Quem tem objetivos maiores chega em casa leve e satisfeito, com a sensação de que seu dia foi produtivo, de que fez a diferença para alguém e de que foi útil.
Faça uma pesquisa com seus colaboradores e pergunte-lhes o que os faz levantar-se da cama todos os dias pela manhã; o que os deixa realizados no trabalho; o que lhes causa satisfação ao final do dia de trabalho.
Veja as respostas comuns. Monte um lema para a empresa, a partir da sugestão dos colaboradores. Não será um lema imposto de cima pra baixo, mas criado junto com os colaboradores e com a participação deles. Ajuste procedimentos de gestão com base no resultado da pesquisa.
Você acredita que é possível trabalhar por um propósito? Você acredita que é possível dar ao trabalho sentido maior que o salário e a subsistência? Você, gestora, é quem deve atuar neste sentido, motivando seus colaboradores e fazendo-os alongar a vista.
Sun Tzu fala da arte, que o comandante deve ter, de estudar e conhecer “humores”.
Sem entusiasmo e sem propósito, as atividades mais excitantes se tornam enfadonhas. O entusiasmo é contagiante. Ninguém consegue manter a mente fechada para ideias e ações que lhe são transmitidas com entusiasmo.
O mercado não tem pena dos preguiçosos e nem dos fracos de espírito. Pelo contrário, favorece as pessoas alertas, inteligentes, entusiastas que têm vontade de vencer e se entregam àquilo que fazem com dedicação e vigor.
Não seja você, gestora, uma pessoa comum e nem permita que seus colaboradores o sejam. Voe mais alto. Vise a mais.
Não permita que seus colaboradores trabalhem como uma abelha, apenas pelo instinto ou pela necessidade de sobreviver, fazendo o mínimo que lhe cabe na organização. A realização pessoal e profissional provém da atuação plena da pessoa, dando vazão a toda a sua potencialidade e capacidade.
