A LIBERDADE NO BRASIL
Nesses dias de Carnaval, o PORTALIMULHER apresentará uma série de dois artigos sobre o tema “liberdade”. No primeiro, abordará a liberdade vivida no Brasil e, no segundo mostrará a falta de liberdade em países que adotam costumes diferentes dos brasileiros. Não como crítica, mas como valorização do ambiente de liberdade em que vivemos.
O Carnaval é certamente a maior manifestação popular e pública de liberdade, durante a qual admite-se o afrouxamento de regras sociais e a liberdade é vivida em plenitude.
Danças e música ao ar livre, pouca ou quase nenhuma roupa, fantasias, profissionais sisudos fantasiando-se e desfilando em blocos e escolas de samba, desfiles, festas em clubes e boates… Enfim, liberdade a toda prova, caracterizada até mesmo pela fuga e/ou afrouxamento de convenções sociais.
A liberdade é tamanha que não temos noção do tamanho da liberdade que vivemos. Naturalmente, ninguém se dá ao trabalho de pensar sobre a liberdade; simplesmente, vive-se-a.
O gosto pela liberdade aumenta à medida que se desfruta dela. Quanto mais se vive a liberdade, mais se acostuma com ela e mais se considera a liberdade como um bem natural.
O mundo não vive a liberdade tal como a vivemos. Países têm costumes, crenças e hábitos diferentes que impõem severas restrições à vida de seus cidadãos. Podemos considerar extravagância o modo como outros povos vivem, do mesmo modo como eles acharão extravagante, ou até pecaminoso, o modo como vivemos.
Esta série de dois artigos não tem por objetivo recriminar um ou outro modo de vida e nem de considerar um modo de vida melhor que o outro. Para viver bem cada um deve viver de acordo com suas crenças, sua fé, seus valores e sua consciência e em sintonia com o meio social onde se encontra.
Prezamos e vivemos a liberdade. Que vivamos dentro de seus princípios, sabendo que a liberdade de um termina onde começa a liberdade do outro e sabendo que a lei impõe restrições à liberdade, necessárias à convivência harmônica da sociedade.
Há níveis e estágios diferentes de liberdade. Alguns países muçulmanos têm a “polícia moral”, encarregada de zelar pelo cumprimento das leis religiosas do país, com base na sharia (conduta moral que os muçulmanos acreditam que foi ditada por Deus). Alguns países têm legislação que prevê o “crime moral”, aquele que fere os princípios religiosos.
Nem todos os países muçulmanos têm a “polícia moral”; a minoria a tem.
Falaremos sobre a polícia moral no segundo artigo da série, não para criticar países ou religiões que a adotam, mas para que saibamos viver, desfrutar e defender a liberdade em que vivemos.