O PORTALIMULHER publicou, no dia 30 de março, o artigo da coluna “Gestão de guerra”, que tratou sobre a importância da unidade e do foco para a empresa. Notícias, procedentes da Ucrânia, publicadas pelo Financial Times e pelo jornal Valor Econômico, trazem lições sobre foco e unidade de uma empresa.
O PORTALIMULHER as retransmite para reforçar os conceitos transmitidos na coluna.
A montadora de caminhões MAN concedeu licença a 11 mil funcionários, depois que a guerra na Ucrânia provocou escassez de partes de fiação elétrica dos veículos, fabricadas na Ucrânia.
Embora alguns veículos possam ser montados sem certos chips, em geral é impossível começar a montar um caminhão ou um carro sem chicotes elétricos.
Os fabricantes ucranianos de chicotes elétricos não estão conseguindo produzir em razão da guerra; poderá haver interrupção da fabricação e caminhões. As paralisações nas fábricas de chicotes elétricos na Ucrânia já forçaram a Volkswagen e a BMW a cancelar turnos ou fechar fábricas por pequenos períodos.
Muitas fábricas de componentes elétricos de veículos da Ucrânia estão situadas no oeste do país, próximo à fronteira com a Rússia. A maioria delas já reabriu, com os funcionários ansiosos por voltar ao trabalho.
Surgem o senso de profissionalismo, o foco e o reconhecimento da importância da fabricação dos componentes elétricos para a fabricação dos veículos.
A fabricante Leoni, com duas unidades no leste da Ucrânia, reabriu ambas as unidades. Seu executivo-chefe, Aldo Kamper, declarou “É impressionante e comovente como nossos funcionários estão determinados a não deixarem a situação superá-los e apresentar-se para defenderem seu país e seu modo de vida”.
A Volkswagen, dona da MAN, tem dezenas de funcionários trabalhando num estádio de futebol em Wolfsburg, cidade alemã, como parte de força-tarefa dedicada a minimizar os problemas de abastecimento causados pela guerra.
Isto se chama foco; cada pessoa sabe a importância de seu trabalho para que os objetivos da empresa, como um todo, sejam atingidos.
Alexander Vlaskamp, executivo-chefe da MAN, disse que como sinal de solidariedade com a força de trabalho, ele e o conselho de administração renunciariam a uma quantia considerável de pagamento nos próximos três meses.
Isto se chama unidade, todos irmanados e atuando juntos em prol do mesmo objetivo, com o reconhecimento, por parte da administração, da atuação da equipe.
Os exemplos concretos citados, vivenciados em situação de guerra, evidenciam o valor da unidade e do foco das empresas e o valor do exemplo e de liderança na condução dos trabalhos de sua equipe.