Não rejeite este artigo à primeira vista por tratar de boxe. Leia-o.
Você terá muito a aprender sobre superação.
Este artigo não trata de violência e nem do esporte de lutas marciais. O esporte é o pano de fundo para citar o exemplo de grandes atletas que se superaram, e a superação deve servir de exemplo para todos nós.
Em momentos de dificuldades e desânimo, que todos vivemos, precisamos de exemplos e de estímulo. O texto cita exemplos que podem servir de estímulo.
O esportista de alto nível pode ser considerado quase um super-homem (ou Mulher Maravilha). O esporte de alto nível pode até ser prejudicial ao corpo do atleta. Dentre os atletas, destacam-se os lutadores, em razão de seu preparo físico excepcional, de sua obstinação e do enfrentamento de agruras que a profissão lhes impõe. Se você já calçou luvas de boxe, sabe o esforço que é exigido para manter os braços erguidos, socar, movimentar-se, defender dos socos desferidos pelo adversário, girar, esquivar-se. Só quem esteve num ringue sabe quão cansativo é o esporte. Todo esporte de luta exige demais de seu praticante. Os apreciadores de lutas enxergam mais a técnica, a esquiva, a dança das pernas que a violência dos golpes trocados. Dizem que o boxe é “balé com socos”.
Em face da vigorosa resistência física exigida dos lutadores, podemos imaginar que todos eles gozam de perfeito estado de saúde. Engano.
Houve lutadores com sérias deficiências físicas e que, além de superarem as dificuldades normais de esportista, superaram também essas deficiências. Daí, a razão deste artigo: para servir de exemplo de superação.
Harry Greb (1894 – 1926), que foi campeão mundial, lutou grande parte de sua carreira cego de um olho. Greb escondeu essa sua deficiência de todos durante toda sua carreira, tendo sido capaz de passar nos exames de vista pré-combates ao memorizar as letras que lhe eram exibidas.
Paul Pender (1930 – 2003) era bombeiro, lutador de boxe e também conseguiu o título de campeão mundial. No entanto, tinha os ossos das mãos quebradiços, o que prejudicou sua carreira, mas não o impediu de superar-se e lutar. E ainda ser campeão mundial.
Eugene Criqui (1893 – 1977), outro campeão mundial de boxe, pertenceu às forças armadas francesas. Lutou na I Guerra Mundial, e teve a mandíbula quebrada por uma bala de fuzil. Um cirurgião reconstruiu a mandíbula usando arame, prata e uma perna de cabra. Ele lutou com a mandíbula reconstituída.
Mario D’Agata (1926 – 2009) foi o primeiro campeão mundial de boxe surdo.
Pete Herman (1896 – 1973) fez lutas quase cego e, para deduzir onde estava seu oponente, precisava ser atingido primeiro.
Tami Mauriello (1923 – 1999) não conseguia mover-se para trás em razão de acidente que sofrera na infância. A restrição do movimento prejudicava a esquiva e o expunha mais aos golpes dos adversários.
Craig Bodzianowski perdeu a perna em um acidente de moto e fez o mais espetacular retorno na história esportiva seis anos depois de ter a perna amputada abaixo do joelho, mesmo depois de os médicos terem diagnosticado que ele teria de andar de bengala o resto de sua vida. Ele faleceu em 2013, com 52 anos de idade. A sua vida, sua coragem e seu esforço são narrados em livros.
Dificuldades são comuns na vida de todos nós e temos de saber como enfrentá-las. Podemos usá-las para o vitimismo, o desânimo e o desespero. Ou podemos usá-las como desafio e enfrentá-las com ânimo, coragem e determinação.
Você escolhe o caminho que deseja trilhar.
1 comentário
Lições de vida são um estímulo importante na vida de outras pessoas!
Excelente publicação!