O grande compositor romântico Johannes Brahms em sete notas.
1 – QUEM FOI JOHANNES BRAHMS
Compositor, pianista e maestro alemão, nascido em 1833 e falecido em 1897, com 63 anos. Brahms viveu a maior parte de sua vida em Viena, onde criou fama internacional.
Brahms escreveu mais de 200 canções entre sinfonias, concertos, música de câmera, obras para piano e composições corais.
2 – IMPORTÂNCIA DE BRAHMS
O maestro alemão Hans von Bülow referiu-se a Brahms como um dos três grandes “bês” da música (os outros dois são Beethoven e Bach). Musicistas costumam referir-se aos três “bês” como a Santíssima Trindade da música, tais a qualidade de suas músicas, o seu legado e a influência que deixaram.
3 – FORMAÇÃO MUSICAL
Seu pai, Jakob Brahms, era músico medíocre. Logo que percebeu o talento do filho, começou a ensinar-lhe piano e enviou-o para ter aulas com melhores professores.
Aos 10 anos, Brahms frequentava tabernas com seu pai e tocava grande parte da noite. Também com 10 anos, ele fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven.
Entre 14 e 16 anos, Brahms ajudava sua família tocando em pousadas em Hamburgo, onde nascera.
4 – O COMPOSITOR
A música de Brahms o insere, por sua estrutura e técnica, dentre os tradicionais compositores clássicos e, dentre os clássicos, Brahms é considerado compositor romântico. O romantismo na música coincidiu com o período do romantismo na literatura, na pintura e na filosofia.
O romantismo entendia que os significados das artes somente poderiam ser entendidos por meio das emoções e dos sentimentos. Assim, a música de Brahms foca mais no sentimento que na estética musical.
5 – O AMOR EM SUA OBRA
Sua Primeira Sonata para Piano, composta em 1849, tem o amor como tema principal. O mesmo tema “amor”, também aparece nas obras seguintes: “Amor Fiel”, Opus 3, n.º 1”; “Amor e Primavera, Opus 3, n.º 2”;e “Verdadeiro Amor, Opus 7, n.º 1”.
A terceira parte da Sinfonia n. 3 de Brahms é considerada uma das mais belas músicas. Sua sensibilidade e melancolia são envolventes.
6 – VIDA PESSOAL
Brahms teve amores, mas nunca se casou. Talvez por isso cantasse em sua música o amor ideal e o romantismo.
O noivado com Agathe von Siebold durou pouco tempo. Depois do rompimento, Brahms declarou a um amigo que “Agathe fora seu último amor”.
Ele teve um relacionamento platônico com Clara Schumann, pianista e esposa do compositor e também pianista Robert Schumann.
A partir de 1853, Brahms passou um tempo com o casal Schumann, quando desenvolveu profundo sentimento por Clara, 14 anos mais velha que ele. Ela representava para Brahms o ideal de feminilidade.
Após a tentativa de suicídio e internamento de Schumann em sanatório mental, Brahms visitava o amigo e lidava com assuntos comerciais em nome de Clara.
Clara tornou-se amiga e confidente de Brahms; essa relação durou até o falecimento dela em 1896, um ano antes do falecimento dele.
Em 1865, Brahms entrou em profunda depressão com o falecimento da mãe. Clara foi a única pessoa capaz de animá-lo. Brahms passou meses em companhia da amiga.
Brahms isolou-se para compor a Sinfonia N. 2 e foi concluí-la ao lado de Clara, na cidade de Lichtental.
Clara sempre apoiou a carreira de Brahms, até programando as músicas dele em seus recitais. Brahms dedicou a ela as “Variações sobre um Tema de Schumann, Opus 9”, composta em 1854.
Apesar de Clara e Brahms terem mantido íntima amizade depois da morte de Schumann, não há evidências de que eles tenham sido amantes. Existem especulações apenas.
Também não se pode afirmar que o sentimento platônico por Clara tenha contribuído para o romantismo das músicas de Brahms. Mas não se pode duvidar disso.
7 – ÚLTIMA OBRA
Em 1896, Brahms publica sua última obra, o ciclo Quatro Canções Sérias, dedicado a si mesmo e por meio do qual despediu-se da vida. Clara faleceu em 1896, e Brahms, um ano depois, em 1897.