No momento em que se fala em sustentabilidade e em economia de combustíveis, novo mercado se apresenta: o de bicicletas. Apropriado, pois, que o Dia da Bicicleta (3 de junho) seja comemorado na Semana do Meio Ambiente.
A busca de sustentabilidade e a fuga dos custos de combustíveis fazem com que as pessoas deixem o carro na garagem e busquem outros meios de transporte. Neste cenário, as bicicletas se apresentam como boa alternativa.
Há que se registrar a mudança de comportamento. Antes, quem ia de bicicleta para o trabalho ou para a faculdade era considerado pobre e até discriminado. Agora, é light, ecológico e saudável. Além de contribuir para a forma física, as bicicletas não poluem e nem emitem ruídos.
A bicicleta elétrica está caindo no gosto dos brasileiros. Em 2020, as vendas superaram 32 mil unidades, número baixo se comparado à Europa, onde foram vendidas cerca de 700 mil unidades em 2010, ou à China, onde mais de 120 milhões de bicicletas elétricas circulam.
A Caloi anunciou o lançamento de nova versão da Mobylette para o ano de 2022. A bicicleta motorizada, que foi muito apreciada nos anos 80, tem agora motor elétrico, pode chegar à velocidade de até 25 km/h e tem autonomia de 20 a 60 Km. O motor de 350W, que fica instalado embaixo do assento da bicicleta, pode ser acionado por pedaladas ou por acelerador.
O sistema híbrido funciona por pedalada, por motor elétrico ou por ambos. A autonomia depende de vários fatores: o modelo, o modo de pedalar e as condições da estrada. O uso é recomendado para terrenos urbanos e com poucos desníveis. Bicicletas elétricas não exigem muito esforço, e o usuário não chega suado ao trabalho.
A bicicleta elétrica é investimento que se paga com o tempo como meio de transporte, pois podem fazer até 60 km com apenas 1 litro de gasolina e têm baixo custo de manutenção. As baterias têm vida útil de cerca de 2 anos.
Bicicleta elétrica não é moto, nenhuma anda sozinha com o motor. Ela tem até 5 níveis de potência e quanto maior a potência menos pedaladas o condutor precisa dar. A pedalada é o que dá força ao motor. A velocidade depende da força com que o condutor pedala, assim como em qualquer bicicleta. O ato de pedalar aumenta a autonomia da bicicleta.
As bicicletas têm apresentado inovações que trazem maior conforto ao usuário. Os para-lamas mantêm a lama e a sujeira longe das roupas do condutor, enquanto o suporte de carga traseiro comporta tudo o que ele precisa carregar durante a viagem. A bateria de lítio tem vida útil mais longa e tem maior resistência ao frio e à geada.
As bicicletas podem circular em qualquer rua do perímetro urbano, sempre no lado direito da faixa, ou em acostamento, quando em rodovia. Não se permite seu uso em rodovias expressas
A Resolução 947, de 28 de março de 2022, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), define que ciclomotor é “todo veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³, ou de motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h” .
A Resolução delega aos órgãos e entidades executivas de trânsito dos municípios e do Distrito Federal a regulamentação da circulação de bicicletas elétricas.