As brasileiras começaram a conquistar medalhas nos Jogos Olímpicos recentemente. Mas há aquelas que se destacaram mesmo sem terem subido ao pódio.
MARIA LENK (1915 – 2007)
A primeira participação de mulheres brasileiras nos Jogos Olímpicos ocorreu nos jogos de Los Angeles 1932.
A participação das mulheres brasileiras nos Jogos Olímpicos aconteceu pela primeira vez nos jogos de Los Angeles 1932. Interessante destacar que foi em 1932 que a mulher brasileira conquistou o direito ao voto.
A nadadora Maria Lenk, então com 17 anos, não conquistou medalhas, mas é considerada a pioneira da natação moderna.

Maria Lenk é a única brasileira incluída no International Swimming Hall of Fame, localizado no Forte Lauderdale, Flórida, Estados Unidos. O salão da fama é dedicado aos esportistas, treinadores e demais envolvidos com os esportes aquáticos, que os promoveram e contribuíram para seu aprimoramento.
Ela foi a primeira mulher a nadar o estilo borboleta, em prova do nado de peito, nos Jogos Olímpicos de Berlim 1936. Maria Lenk inovou o estilo, que seria consagrado anos depois.
AÍDA DOS SANTOS (1937)
Aída dos Santos é exemplo de superação e de força de vontade para competir e, ao mesmo tempo, da falta de estrutura do esporte brasileiro, a qual, felizmente, melhorou bastante nos últimos tempos.
Aída dos santos era atleta do Vasco da Gama e não ia aos treinos porque usava o dinheiro da passagem para comprar comida.
Formou-se em geografia, educação física e pedagogia e foi professora de educação física na Universidade Federal Fluminense de 1975 a 1987. Para poder estudar, ia às aulas pela manhã, trabalhava à tarde e treinava à noite.

Foi atleta do salto em altura e foi a única brasileira a integrar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964.
Aída não teve nenhuma estrutura para participar dos jogos: viajou sem técnico e sem material para competir. Na cerimônia de abertura dos jogos, usou uniforme adaptado de outra competição. Ela competiu a prova do salto em altura com um sapato de velocistas, que não era ideal, mas servia para competir.
Durante a fase classificatória da prova de salto em altura, ela torceu o tornozelo. Aída recebeu auxílio do técnico peruano Roberto Abugatas e foi atendida pelo médico da delegação cubana.
Mesmo assim, ficou em quarto lugar no salto em altura, com a marca de 1,74m, tornando-se a primeira brasileira a chegar à final olímpica de atletismo.
O quarto lugar de Aída dos Santos permaneceu como o melhor resultado das mulheres brasileiras em Jogos Olímpicos até as Jogos de Atlanta 1996, quando a dupla brasileira Sandra Pires e Jacqueline Silva conquistaram a medalha de ouro no vôlei de praia.
Os técnicos, o chefe da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, os burocratas que se servem e atletas, todos tiveram o nome esquecido. O nome de Aída dos santos será sempre lembrado como exemplo de dedicação, garra e determinação.
SANDRA PIRES E JACQUELINE SILVA
Sandra Pires Tavares (1973) e Jaqueline Louise Cruz Silva (1962), jogadoras de vôlei de praia brasileiras, conquistaram a medalha de ouro no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996. O vôlei de praia foi incluído nos jogos nessa edição.

Sandra e Jacqueline são as primeiras mulheres brasileiras a conquistar medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
Destaque também para a dupla Adriana e Mônica, que ficaram com a medalha de prata e foram derrotadas na final por Sandra e Jaqueline.

As mulheres tiveram bela participação nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996. A seleção de basquete feminina conquistou a medalha de prata, e o vôlei de quadra, a de bronze.
MAUREEN MAGGI (1976)
A paulista Maurren Maggi tornou-se grande nome do atletismo feminino brasileiro ao conquistar a medalha de ouro no salto em distância nos Jogos Olímpicos Pequim 2008, tendo obtido a marca de 7,04 metros.

Maurren Maggi é a primeira brasileira campeã olímpica em prova individual; até então, as demais medalhas femininas tinham sido conquistadas pelas equipes femininas de vôlei, vôlei de praia e basquete.
RAFAELA SILVA (1992)
A judoca Rafaela Silva é a primeira atleta na história do judô brasileiro a vencer o campeonato mundial de judô e a conquistar a medalha olímpica nos Jogos Rio 2016.

Ela faz parte do programa esportivo das Forças Armadas, ocupa a patente de terceiro-sargento da Marinha do Brasil e integra a equipe do Centro de Educação Física Almirante Nunes (CEFAN), parte do departamento militar desportivo.
Rafaela não teve o mesmo bom desempenho nos Jogos Olímpicos Paris 2024 e alcançou o honroso quarto lugar.
BEATRIZ RODRIGUES SOUZA (1998)
A judoca paulista Beatriz Rodrigues Souza é a primeira mulher a conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024 no judô, categoria acima de 78 quilos. É a sua primeira participação nos jogos e já conquista a primeira medalha. E de ouro.

Beatriz, que ocupa a quinta posição no ranking mundial, superou a israelense Raz Hershko na final.
REBECA ANDRADE

A ginasta Rebeca Andrade tornou-se a atleta olímpica com o maior número de medalhas. Ao conquistar a medalha de prata individual na competição de ginástica artística, Rebeca obteve a quinta medalha em 3 edições dos Jogos Olímpicos e conquistou 3 medalhas na mesma edição dos jogos. Como ainda disputará duas finais nos Jogos Olímpicos Paris 2024 (ginástica de solo e trave), Rebeca poderá alcançar 7 medalhas. Segundo analistas da ginástica artística, ela tem boas chances no solo.