Existem animais que despertam simpatia em todas as pessoas, seja pela beleza, seja pela graça, seja pelo canto. Da mesma forma, existem os que causam repulsa e medo: serpentes e aranhas são os mais comuns.
O beija-flor desperta admiração pelo voo rápido, por conseguir parar no ar ou mesmo pela beleza. Até mesmo o nome da ave traz em si a junção das palavras mágicas “beijo” e “flor”.
Há curiosidades interessantes e surpreendentes sobre o beija-flor que é bom saber para admirá-lo ainda mais.
Existem 362 espécies classificadas como beija-flor (ou colibri), distribuídas entre o Alasca e o extremo sul da Patagônia (Argentina). A maior parte vive na região do Equador e dos trópicos.
São aves pequenas; a maior parte delas mede entre 6 e 13 centímetros de comprimento e pesam de 2 a 6 gramas. Os bicos são normalmente longos; o formato varia de acordo com a espécie e está adaptado para facilitar sugar o pólen da flor que constitui a base de sua alimentação. Têm a característica comum da língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
A alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de 90%) e artrópodes (moscas e formigas).
São as únicas aves capazes de voar em marcha a ré e de permanecer imóveis no ar. Para voar sem sair do lugar, o beija-flor bate as asas até 88 vezes por segundo. A velocidade das asas é tão grande que não conseguimos enxergá-las enquanto vibram.
O organismo do beija-flor precisa de muita energia para bater as asas em tal velocidade. O coração da ave bate até 1.260 vezes por minuto (em comparação, o do ser humano em repouso bate de 60 a 120 vezes por minuto). Ele respira até 250 vezes por minuto para levar oxigênio em quantidade suficiente até os músculos. Por isso, eles são pequeninos; quanto maior o organismo, maior a quantidade de energia necessária para a sobrevivência. Sábia Natureza!
Os beija-flores não acumulam gordura; vivem cada dia com o alimento que obtêm no mesmo dia. Por isso, basta um dia sem comida para morrerem.
O beija-flor é lindo, consegue parar no ar, bate as asas como nenhuma outra ave. Admirável! Você pensa que a vida do beija-flor é voar de flor em flor aspirando-lhes o pólen e passear pelos jardins? Não; a vida do beija-flor envolve muitos riscos.
O ser humano acumula gordura e tem reserva para sobreviver, em média, por uma semana sem se alimentar. Ao beija-flor basta um dia sem alimento para que morra; ele não armazena gordura. Sua luta pela sobrevivência é diária. Somente voltará ao ninho ao final do dia se se alimentar satisfatoriamente.
A luta pela sobrevivência está presente em todos os seres vivos.
Mas eles se acostumaram à vida arriscada e sobrevivem com persistência. Segundo estudiosos, eles estão presentes na Natureza faz mais de 40 milhões de anos.