O Portal iMulher trará um artigo sobre o Irã e outro sobre Israel que contribuirão para melhor entendimento do atual conflito.
A história recente do Irã explica o conflito com Israel.
Aspectos físicos do Irã
O Irã ocupa área de 1,6 milhão de quilômetros quadrados no Oriente Médio, que corresponde aproximadamente à área dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
É o 17º país mais populoso do mundo, com 77 milhões de habitantes.
Considerado potência média regional, o país exerce grande influência na economia mundial em razão de grandes reservas de combustíveis fósseis (petróleo e gás natural).
A Revolução Iraniana
A forma atual de governo do Irã tem grande influência sobre o conflito com Israel.
Em 1906, o Irã era monarquia constitucional (o rei obedece à Constituição) e tornou-se autocrático em 1953, forma de governo em que o poder se concentrou em um único governante.
O Xá Mohammad Reza Pahlavi (1919-1980) governou de 1941 a 1979 e promoveu a modernização do Irã.
Reza Pahlavi foi deposto pela Revolução Islâmica de 1979, que instaurou a República Islâmica no Irã e reagiu contra as modernizações, a influência estrangeira e a ocidentalização do país e implantou a república islâmica.
O governo do Xá Pahlavi era popular. O país vivia relativa prosperidade e vivia as modernizações implantadas. O fanatismo religioso e a rivalidade islâmica foram mais fortes e se opuseram à ocidentalização do Irã.

As universidades foram fechadas por três anos, para que o governo as fiscalizasse, as saneasse e estabelecesse o ensino de acordo com os preceitos islâmicos.
O governo iraniano tornou-se teocrático (Teo = Deus + cracia = poder), forma de governo em que as ações políticas, econômicas e sociais devem estar de acordo com o Islão, que contém os ensinamentos do profeta Maomé e o Alcorão. As leis do país acham-se submetidas às normas do Islamismo. Os chefes de governo, de estado e do poder judiciário se submetem ao aiatolá, líder supremo do país, e ao conselho dos clérigos.
O Líder Supremo (ou Faqih), o chefe de Estado, é o aiatolá Ali Khamenei (1939), eleito para mandato vitalício.

Relações com Israel
Até 1979, o Irã mantinha boas relações com Israel. Desde a Revolução de 1979, o Irã não reconhece o Estado de Israel e rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos. O Irã refere-se a esses países como o “pequeno Satã” e “grande Satã” respectivamente.
Em julho de 2024, quando esteve presente representando o Brasil na posse do presidente eleito do Irã, o vice-presidente brasileiro ouviu gritos de “morte à América”, “morte a Israel” e “morte aos infiéis”.
O governo iraniano estabeleceu como objetivo a destruição do Estado de Israel e passou a agir em torno desse objetivo. O ódio aos judeus foi levado a extremos depois da Revolução Iraniana.
Começou a desenvolver programa nuclear e, embora alegasse ter propósitos pacíficos, furtou-se a inspeções regulares feitas por organismos internacionais, o que despertou a desconfiança de que desenvolvia clandestinamente bombas atômicas.
Apoio a grupos paramilitares
Ao mesmo tempo, passou a armar e apoiar países de maioria xiita e grupos paramilitares xiitas em países de maioria sunita, como o Hamas, em Gaza, o Hezbollah na Síria e no Líbano, e os houthies, no Iêmen. A intenção do Irã era fazer guerra contra Israel por intermédio desses grupos; a chamada guerra “por procuração”. Lembrar que Gaza, Síria e Líbano fazem fronteira com Israel e, juntamente com Egito e Jordânia, cercam-no.
Devido ao apoio dado a grupos que cometem atos de terrorismo internacional, em 1984 os Estados Unidos incluíram o Irã na lista de países patrocinadores do terrorismo.
Indústria militar do Irã
Desde a Revolução de 1979, o governo do Irã desenvolveu sua própria indústria militar, que produz tanques de guerra, veículos blindados, mísseis balísticos, drones, sistemas de radar e submarinos.
O Irã tem o maior e mais diverso arsenal de mísseis balísticos do Oriente Médio.
1 comentário
Bi em um desses vídeos sobre a história do Irã, antiga Pérsia, que tudo começou com o Reza Pahalavi, tentando calar a boca do povo diante de muitos gastos, e a industrialização substituindo a mão de obra operária e os agricultores se mudando dos campos para as cidades, gerando desigualdade e desequilíbrio nas contas públicas e assim com críticas severas à Família Real.
Quando o maior poder de uma Nação começa com certos abusos com seu povo, buscam um homem forte para resolver. Assim Khomeini assumiu o poder, expulsando a a família Pahlavi. Assim começou tudo o que estamos assistindo. Israel é um pedra no sapato desses Teocrático que pretentendem transformar todo o continente em uma grade Nação Islâmica. E quem sabe, tentarão dominar o Ocidente.