A TRIBO AFRICANA DOS DOGONS
OS DOGONS
Os dogons, que ocupam o sudoeste do Mali, têm passado obscuro; não se sabe ao certo sua origem. Vivem na região de Bandiagara e construíram casas e cavernas em falésias, o que lhes permitiu defenderem-se contra invasores e preservar cultura e tradições seculares. Os dogons têm rituais e tradições, que expressam ligação com a Natureza, culto aos antepassados e a organização do Sistema Solar.
O SISTEMA ESTELAR DE SIRIUS
Sirius é a estrela mais brilhante do céu noturno, visível a olho nu de qualquer ponto da Terra. O sistema estelar de Sirius, um dos mais próximos da Terra, é composto por duas estrelas, chamadas Sirius A e Sirius B. Só que Sirius B é tão pequenina e tão próxima de Sirius A que, a olho nu, as duas estrelas são vistas como uma só. Sirius B é cem mil vezes menos brilhante que Sirius A.
A pequena Sirius B foi observada pela primeira vez em 1862 pelo astrônomo norte-americano Alva Clark, que utilizou o mais potente telescópio existente na época, e foi fotografada pela primeira vez em 1970.
CONHECIMENTO ASTRONÔMICO DOS DOGONS
Há séculos, o povo dogon transmite, de geração a geração, conhecimentos sobre astronomia e, principalmente, detalhes sobre a Constelação Cão Maior, onde se encontra a estrela Sirius. No final dos anos 40, cientistas europeus conviveram com os Dogons e publicaram seus estudos, confirmando esses conhecimentos.
Eles tinham conhecimento da estrela Sirius B, o qual veio de seus ancestrais. E mais. Eles sabiam que Sirius B, apesar de menor que Sirius A, é muito mais pesada e tem maior força gravitacional que Sirius A, fato comprovado pela ciência atual. A teoria das estrelas anãs brancas, formulada em 1920 pelo astrônomo e físico inglês Arthur Eddington, afirma que as estrelas, no final da vida, contraem-se e tornam-se superdensas. A descrição do fenômeno coincide com a versão e o conhecimento ancestral dos Dogons.
Além disto, os Dogons sabiam que Sirius B leva 50 anos para completar a órbita em torno de Sirius A e eles têm até uma celebração, a cada 50 anos terrestres, em homenagem ao ano “estelar”.
Os Dogons também demonstraram conhecimentos surpreendentes sobre o Sistema Solar. Sabiam da existência dos anéis de Saturno, impossíveis de serem vistos sem o uso de telescópios. Sabiam que os planetas giram em torno do Sol e sabiam, muito antes que astrônomos o soubessem, que a Via Láctea, nossa galáxia, tem formato de espiral.
ORIGEM DO CONHECIMENTO DOS DOGONS
Os Dogons não atribuem a deuses ou a figuras sobrenaturais o conhecimento que têm do Universo. Atribuem-no a NOMMOS, raça de visitantes extraterrestres e habitantes do sistema estelar de Sirius.
Em 1976, o autor norte-americano Robert Temple escreveu o livro “O Mistério de Sirius”, no qual argumenta que os NOMMOS são visitantes extraterrestres vindos de Sirius que transmitiram conhecimentos astronômicos para os Dogons. Ele questiona como os Dogons poderiam ter conhecimento de Astronomia que foram adquiridos e/ou confirmados nos dias atuais graças ao desenvolvimento de telescópios e de tecnologias para a Astronomia.
Se assim não for, pergunta Robert Temple, “de onde teria vindo o conhecimento astronômico da tribo Dogon?”.
Fica a pergunta para a amável leitora.