O jornal The New York times publicou reportagem na qual noticia que 41 estados norte-americanos (os Estados Unidos são compostos por 50 estados) entraram com ação na Justiça contra a Meta, controladora do Facebook, Instagram, Whatsapp e Messenger, alegando que a empresa utilizou recursos em suas plataformas para que crianças e adolescentes as usassem compulsivamente.
A empresa garantiu que seus sites de mídia social são seguros para os jovens.
Os representantes dos Estados americanos alegaram que “a Meta aproveitou tecnologias poderosas e sem precedentes para seduzir, envolver e, por fim, enredar jovens e adolescentes, tendo o lucro como motivo”.
Os defensores dos estados basearam-se em opiniões de psicólogos e especialistas que estudam o tema da internet, que dizem que o fascínio da mídia social acontece porque o seu conteúdo influencia os impulsos humanos e conexões neurológicas, de tal maneira que o usuário sempre ficado na internet, à espera de novas informações.
A ansiedade surge em função de perguntas que o usuário faz a si mesmo: “Que terá chegado?”, “terei novidades?”, “Quem enviou mensagens?”, Quem me respondeu?”, “Quem está on line?” e outras mais.
Tendo a ideia constante de que pode chegar nova mensagem a qualquer momento, o usuário fica antenado na rede na expectativa do que chegará.
A nova mensagem funciona quase como uma recompensa que o usuário recebe, e ele sempre à espera dessa recompensa. Como a recompensa não tem hora certa para chegar e nem depende do usuário, ele sempre está ligado á espera dela. Quase como um jogo viciante do qual o usuário espera uma recompensa. Como ganhar num caça-níqueis ou no blackjack.
Esse fato, que acontece com adultos, é mais acentuado em jovens, que não têm a capacidade de resistir a tentações e a impulsos tão desenvolvida e estão mais sintonizados com grupos e conexões sociais.
Evidentemente a internet é essencial na vida cotidiana, mas seu uso excessivo pode ser danoso para as pessoas.
A primeira coisa que muitas pessoas fazem ao acordar e abrir os olhos é buscar o celular em busca das novidades que lhes chegaram durante a noite.
Vício é o hábito de fazer as coisas, é o costume de praticar atos que se tornam integrantes de seu procedimento normal. O vício se torna prejudicial ou reprovável quando atenta contra os bons costumes ou se torna nocivo à sociedade.
Embora prejudicial à saúde do fumante, o vício de fumar não atenta contra a sociedade. O vício da internet não afeta a sociedade; pode afetar apenas a saúde mental e física do usuário. No máximo, poderá prejudicar a convivência familiar.
Há vícios relacionados a substâncias (drogas, bebida) e há vícios relacionados a comportamentos, como jogos de azar. Pode, também, haver o vício em internet ou em plataformas sociais.
O sinal de alerta deve soar quando o uso excessivo da internet interfere na vida da pessoa, na escola, no trabalho, no sono e no aprendizado, ou quando se torna meio de fuga da realidade ou ainda quando assume prioridade sobre todas as demais atividades sociais, cognitivas, interativas e físicas.