A história da empresa Lupo contém bons ensinamentos.
Inicia-se em 1888, quando Henrique Lupo, emigrante italiano, chegou ao Brasil com 11 anos de idade. Com 33 anos de idade, Henrique criou a Fábrica de Meias Araraquara, a qual marca o início da empresa Lupo. A fábrica consistia de duas máquinas de costura na casa de seu fundador.
Inicialmente, fabricava meias masculinas de algodão. Em 1947, o fio sintético de nylon foi apresentado à fábrica. A Lupo passou a fabricar meias masculinas de nylon.
Em 1960, a Lupo iniciou a fabricação de meias femininas. 20 anos depois, inaugurou nova fábrica às margens da Rodovia Washington Luiz, que faz a ligação de São Paulo a municípios do interior do Estado, dentre os quais Araraquara.
Em 1988, a Lupo lançou a campanha publicitária “A meia da loba”, que aumentou as vendas das meias femininas.
Em 1991, diversificou a produção. Em 2010, lançou a linha esportiva de produtos Lupo. Em 2020, por conta da pandemia, fabricou máscaras de proteção facial.
Atualmente, segue na mão da família e é dirigida por Liliana Aufieiro, neta do fundador, e é uma das maiores fabricantes de roupas do país.
A força de trabalho da Lupo é majoritariamente feminina; mais de 80% da mão de obra da empresa são mulheres.
A Lupo tem 404 franquias, 11 lojas Lupo Sport, 46 lojas Trifil e 71 lojas Scala. Está presente em todos os países da América do Sul, exceto a Colômbia, Na América do Norte (Estados Unidos e Canadá), na África no Japão, no Oriente Médio e em Portugal. Crescimento seguro e constante.
Interessante notar que a Lupo mantém a fábrica e a direção da empresa em Araraquara, interior do estado de São Paulo, e não se mudou para a capital. A empresa tem duas outras fábricas, também no interior dos Estados da Bahia e de Ceará. Sabe que há potencial e consumo no interior.
Outras empresas, como a catarinense Portobello, empresa do ramo de revestimentos cerâmicos situada no município de Tijucas, onde possui o maior parque fabril do ramo na América do Sul, mantém a unidade no interior de Santa Catarina, também acreditando no potencial de consumo do interior.
O potencial de consumo do interior supera o das capitais. As prefeituras e os governos esforçaram-se para levar empresas e indústrias para o interior. O agronegócio, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, também contribui para o enriquecimento do interior do país.
Há muito o que aprender com histórias de sucesso de grandes empresas.