O Brasil, em razão da Amazônia, é a vítima preferida dos países industrializados. Não se iludam: eles não defendem a Amazônia, nem meio ambiente e nem o planeta. O interesse deles é nas riquezas lá existentes ou prejudicar o desenvolvimento do Brasil.
Os países de Primeiro Mundo não cuidam das florestas deles e querem ditar regras para os brasileiros depois de destruírem as suas matas e de continuar a destruí-las. Pregam que façamos o que eles não fizeram e continuam não fazendo.
Na semana dedicada ao meio ambiente, bom que se faça esse alerta aos brasileiros, principalmente àqueles que, por má-fé ou por interesses escusos, fazem coro às críticas dos estrangeiros ou falam mal do Brasil lá fora.
Ao lado da França, cujo governo procura minar o Brasil perante o mundo para defender seus agricultores, a Alemanha é outro grande crítico do Brasil em relação à preservação ambiental.
Eis exemplo de como a Alemanha cuida de suas florestas. A Alemanha depende da energia gerada pelo carvão mineral; é o maior consumidor de carvão mineral na Europa. O novo governo alemão, que se formou em dezembro de 2021, prometeu eliminar o uso do carvão até 2030. Promessas!…
O Estado da Renânia do Norte – Vestfália, centro industrial da Alemanha, tem o maior número de usinas a carvão do país. O carvão marrom – lignite – representa 45% do total da eletricidade gerada no Estado.
As usinas de carvão estão entre as maiores emissoras de dióxido de carbono, e o lignite, carvão marrom, é um dos mais poluentes e menos eficiente entre os combustíveis fósseis; tem baixo poder calorífico porque tem alto teor de água.
A mina Garzweiler, que explora o lignite em Renânia do Norte-Vestfália, é operada pela empresa Rhenish-Westphalian Power Plant (RWE), segunda maior empresa de energia da Alemanha e uma das maiores concessionárias da Europa.
A fim de explorar o lignite no subsolo, a Garzweiler já engoliu vilarejos, igrejas centenárias, casas e rodovias. A próxima vila a ser engolida, se já não o foi, é Lützerath.
O último fazendeiro da vila foi forçado a vender sua propriedade do Século XVIII, em que sua família viveu por gerações, após perder processo judicial contra a desapropriação de suas terras para a RWE. Mesmo reconhecendo os danos climáticos e ambientais “inegáveis” causados pela mineração do carvão, os tribunais alemães decidiram que a lei de mineração do país dá à companhia de carvão o direito legal de expandir-se. Admitiram, ainda, a dificuldade da retirada imediata do carvão da matriz energética da Alemanha.
Mas não é só isso. A Floresta Hambach, que era a maior floresta do estado de Renânia do Norte-Vestfália e uma das mais antigas da Europa, tem hoje a área correspondente a 10% da área que ocupou. Mesmo assim, a área remanescente encontra-se severamente ameaçada pela exploração de lignite.
A floresta foi chamada de “o último remanescente de um ecossistema silvestre que ocupou parte da planície do rio Reno entre Aachen e Colônia desde o final da última era glacial“. Estima-se que a floresta tenha 12.000 anos.
Nós, brasileiros, precisamos ter atenção às críticas feitas à Amazônia por outros países. Perguntemos, antes, o que eles fizeram ou fazem de suas florestas. Perguntemos quais são seus reais interesses por trás das críticas.
O Brasil cuida muito bem de seu território e de suas matas, muito melhor que alguns países que nos criticam.