Depois que estourou o conflito da Rússia com a Ucrânia, economistas, gestores de empresas e ministros de diferentes países começaram a usar o termo “desglobalização”.
A economia mundial tornou-se globalizada e interdependente: o mesmo produto, montado num país, tinha componentes fabricados em vários outros. A economia mundial crescia, digamos, em uníssono; funcionava harmonicamente. A Guerra na Ucrânia mostrou falhas na globalização, pois comprovou que a globalização gera dependência de outros países.
A Europa depende do petróleo e do gás importados da Rússia. Componentes e circuitos eletrônicos de automóveis eram fabricados na Ucrânia; sem esses componentes, os veículos não poderiam ser montados e sua produção ficou paralisada. Daí surgiu o termo “desglobalização”, que nada mais é que diminuir a dependência da produção de componentes, feita por outro país, cuja interrupção prejudicará ou interromperá a produção final de um produto.
Pode ser que essa tendência não se confirme no longo prazo, mas a guerra mostrou o lado negativo da globalização. Com isso, algumas empresas passaram a pensar na possibilidade da produção local que, embora possa até ser mais cara, mostra-se mais segura.
A guerra está em andamento, os fatos estão acontecendo e ainda é cedo para confirmar a tendência. Como diria o Conselheiro Acácio, “as consequências vêm depois”. Daqui a algum tempo poderemos verificar se a tendência de desglobalização se confirmou e como se terá realizado.
No entanto, vem a pergunta, que se pode aprender com isso? Que pode ser feito agora por gestores e empreendedores? Que isso tem que ver com minha pequena empresa? Tem, sim, tem um bom ensinamento.
Não permita que sua empresa dependa apenas de um único fornecedor. Diversifique, tenha alternativas, não “coma pela mão” de apenas uma pessoa ou um fornecedor pois, se esse fornecedor faltar, você terá dificuldade de suprir seu estoque.
Flexibilidade, alternativas e adaptações são fundamentais para o êxito da empresa. A dependência gera debilidade e fraqueza.
A inconstância é uma constância nos negócios e no comércio. Há muitos fatores, ponderáveis e imponderáveis, que podem ocorrer e que podem prejudicar a empresa. Estar pronto para ter respostas a eventualidades é ter alternativas e opções que assegurem o bom funcionamento da empresa.