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O brasileiro voltou a viver uma situação da qual havia se desacostumado: a inflação, que está impondo mudança de hábitos para consumidores, que precisam controlar melhor o seu dinheiro. Três fatores estão apertando muito a renda dos brasileiros: a inflação, o desemprego e o endividamento.
Ainda há o fator insegurança, causado pelas incertezas das consequências da Guerra na Ucrânia, que começaram a afetar diretamente o Brasil por meio do elevado aumento do preço do combustível na última semana. Ainda não há previsão de quando e como o conflito terminará e da duração das medidas econômicas impostas à Rússia e que afetarão o mercado global.
Observa-se no Brasil que os clientes estão mudando a conduta em razão da inflação. Estão trocando as marcas mais caras por outras mais baratas, ainda que de qualidade inferior. A fidelidade ao produto foi trocada, talvez momentaneamente, por outros de menor preço. A carne bovina vem sendo substituída pelo frango ou por frios.
Há preferência por embalagens maiores de produtos de limpeza ou por aquelas que dão descontos na unidade ou no litro (compre 1,25 litros e pague 1 litro).
Algumas pessoas deixaram de fazer as compras mensais nos supermercados e fazem as compras quando estão precisando mesmo do produto ou quando veem boas ofertas. Quando possível, outras pessoas simplesmente deixam de comprar o produto caro (ocorre principalmente com verduras, cujo preço varia com a sazonalidade), à espera de promoções ou da queda do preço.
E você, gerente, que fazer para não perder clientes? Os supermercados, as lojas e as empresas precisam adaptar portfólios e estratégias diante da nova situação. O gerente deve cuidar da maneira como expõe seus produtos e como os oferece para atrair os clientes
Comece a expor produtos mais baratos, mesmo que desconhecidos; deixe-os mais à vista do cliente. Há grande procura por produtos mais baratos, ainda que desconhecidos.
Grandes companhias adaptaram o tamanho das porções. A Nestlé, que vendia barras de chocolate de 100 ou 110 gramas, vende barras de 90 gramas.
A P&G, fabricante do amaciante Downy, criou embalagens maiores para atender os clientes.
Supermercados investem em marcas próprias, mais baratas, para atrair o cliente. Outros tiraram os produtos mais caros das gôndolas, pois eles não tinham saída e o preço alto poderia espantar clientes.
O momento está a exigir adaptações em face da mudança de comportamento do consumidor.
