Mulheres são as mulheres biológicas
A Suprema Corte britânica decidiu por unanimidade que, para efeitos da lei antidiscriminação inglesa, os termos “mulher” e “sexo” se referem a mulher biológica e sexo biológico. Ou seja, decidiu que apenas “mulheres” são mulheres.
Fundamentalistas da ideologia de gênero criticaram a decisão como “transfobia” e violência contra as pessoas trans.
Segundo a Corte, pessoas transgênero continuam protegidas contra discriminação, mas as mulheres terão prerrogativas para defenderem seus direitos como mulheres.
Depois da decisão da Suprema Corte do Reino Unido, a federação de futebol da Inglaterra e da Escócia proibiram mulheres transgêneros de participar de campeonatos femininos.
Logo que assumiu o mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordem executiva banindo mulheres transgênero de competições esportivas femininas no país. A decisão obriga pessoas, designadas do sexo masculino no nascimento, a disputarem provas masculinas em torneios profissionais, escolares e amadores, mesmo que se identifiquem como mulheres trans.
Meninas estavam perdendo bolsas universitárias para meninos trans.
Trump decretou que a definição de sexo no país vai ser limitada a masculino e feminino de acordo com a designação no nascimento, o chamado sexo biológico.
Novamente os fundamentalistas criticaram o presidente norte-americano por “atacar os direitos das pessoas transgênero”.
Voleibol brasileiro
O campeonato brasileiro de voleibol feminino 2024/2025 se encerrou no dia 4 de maio; a equipe de Osasco foi a campeã.
Uma das jogadoras do time campeão do Osasco é Tiffany, mulher transgênero autorizada a disputar o torneio entre as mulheres.
A participação de “Tiffany” no vôlei feminino suscita defensores e adversários da inclusão de atletas trans na modalidade feminina. Particularmente, as jogadoras têm medo de se manifestar e de serem acusadas de transfobia; preferem o silêncio conivente, ainda que discordando de jogarem contra homem.
As jogadoras, principalmente as adversárias, sentem a diferença do jogador masculino.
Quem é Tiffany
Até os 29 anos de idade, Rodrigo Pereira de Abreu, nascido em 1984, disputava competições de voleibol em times masculinos. Disputou jogos pela Superliga Masculina A e B no Brasil e campeonatos masculinos nas ligas da Indonésia, Portugal, Espanha, França, Holanda e Bélgica. Não teve grande destaque como jogador masculino.
Resolveu fazer a transição de sexo quando jogava pelo clube JTV Dero Zele-Berlare, da segunda divisão belga. Depois da transição, trocou o nome para Tiffany Pereira de Abreu.
No início de 2017, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) concedeu permissão a Tiffany para competir em ligas femininas. Integrando o time feminino de voleibol de Osasco, sagrou-se campeã brasileira de voleibol feminino da temporada 2024/2025.
A Biologia
Ainda que atleta transsexual faça transição de sexo, faça tratamento hormonal e diminua o nível de testosterona no corpo, a biologia masculina permanece diferente da feminina.
Os pulmões masculinos são maiores. A capacidade cardiorrespiratória do homem é maior. A densidade óssea é maior nos homens. A formação do quadril é diferente, o que altera o centro de gravidade do corpo. A impulsão no salto é maior. Essas diferenças fazem com que a atleta trans leve vantagem, bata na bola com mais força, tenha maior impulsão e ataque de maior altura.
Critérios
As federações internacionais de diferentes modalidades esportivas adotam diferentes critérios sobre a participação de mulheres trans em competições femininas.
Algumas aceitam a transição de gênero se feita antes de o atleta completar 12 anos, idade da puberdade masculina. Outras fazem a verificação do tratamento hormonal e o índice de testosterona pelo período de um ano antes da competição ou a partir dos 12 anos de idade. A FIVB delegou a cada confederação nacional o estabelecimento de seus próprios critérios.
A diferença de critérios demonstra a complexidade do tema e a falta de uniformidade para a classificação de mulheres transsexuais. Muito mais fácil seguir a Biologia pelo critério do xx e do xy.
Inclusão de transsexuais no esporte
O ângulo de visão dos defensores das atletas transsexuais é a inclusão delas no esporte. Mas há outro ângulo: a inclusão de uma atleta transsexual ocasiona a exclusão de uma mulher do esporte feminino, além de gerar vantagens sobre as adversárias mulheres.
Defender o direito à inclusão das atletas transsexuais é ofender o direito das verdadeiras mulheres de participarem do esporte feminino.