Que nossas combalidas almas permitam-se viver o milagre de 2025!

Acabamos de receber de presente 365 novas oportunidades de nos fazermos felizes. São 12 meses com possibilidades infinitas de corrigirmos a rota se não gostamos do resultado de 2024. Enfim, 2024 foi um ano de muitas reflexões para essa jornalista que sabe de muitas coisas e, ao mesmo tempo, tem consciência que conhece muito pouco das emoções humanas.

E é isso que me move a querer escrever todos os meses sobre um tema que mexa com as nossas combalidas almas. Somos um ser em eterna construção, e aceitar nossa pequenez diante dos mistérios da vida é que faz tudo parecer um milagre.

Quando parei para pensar sobre o que escrever na minha primeira coluna de janeiro, alguns assuntos pipocaram na minha cabeça. Fui fazer uma pesquisa e descobri que das 12 colunas de 2024, cinco delas mexeram muito com o meu coração. Por acreditar que são assuntos que sempre serão pautas daqueles que estão em constante evolução, resolvi falar um pouquinho de cada uma delas.

A que mais me deixou desconfortável foi a de julho “Amarás ao Próximo como a ti mesmo”. Por mais que eu me considere uma mulher bem resolvida, percebi que ainda há pontos que merecem um pouco mais de atenção.  Essa frase bíblica (Mateus 22:37–39) precisa ser lembrada por todos nós. Basicamente, ela diz que nossa primeira missão é nos amarmos com muito amor, carinho, devoção e paciência, assim como o fazemos por um filho, um marido, um familiar ou amigos. Se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, é um ato de amor para com você.

O mandamento é muito claro: tudo de bom que você quer e faz pelo outro, faça antes por você. Como que você vai se desdobrar em cuidados com o outro e ficar à revelia?  Por isso, repito: amem-se com todas as suas qualidades e defeitos. Não seja carrasco com você, assim como não devemos ser com os outros.

Em fevereiro, escrevi “Como vivem, na atualidade, as mulheres de 50 anos?” Eu sou uma mulher na casa dos 50 anos e não me vejo velha, como as cinquentonas de 40 anos atrás se viam no espelho. Estamos na era do ageless (sem idade), tema explorado na coluna “Onde estão as idosas de antigamente?”, de outubro. Ou seja, ter mais de 50 ou 60 anos não significa, como antigamente,  sentença de morte ou de ociosidade. Os médicos, inclusive, afirmam que, quanto mais ativo o ser humano, mais ele tem qualidade de vida em qualquer idade.

Em agosto, o título da coluna parece uma piada, mas trata de um assunto muito sério. “Como um ratinho me fez sair do piloto automático”  me fez perceber que estava levando minha vida de qualquer jeito, aceitando o que vinha, mais ou menos como um barco à deriva. Decidi tomar as rédeas da minha vida. Mas, como sou igual a um cavalo selvagem, nem tudo saiu como eu queria até o fim do ano passado. Porém, não devemos ficar nos culpando, mas sermos gentis conosco, nos perdoar e, se for o caso, começar tudo de novo e de novo. Quantas vezes for necessário.

Outro texto que marcou o meu 2024 foi o que escrevi em junho, “Um amor que volta”.  Ouço tantas histórias de reencontros das pessoas, alguns que namoraram na adolescência e só foram ficar juntos quando já eram avós, que achei o tema instigante. Assunto que ainda me intriga, visto que, às vezes, fico na dúvida se é possível reacender a chama depois de tanto tempo. Porém, algumas experiências têm me mostrado que a conexão, quando é verdadeira, não se perde, independente de quanto tempo tenha passado. Parece que fica guardada em uma caixinha das boas lembranças. E, basta se ver, para virar fogo de novo.

Enfim, termino esse texto na certeza de que farei de 2025 um ano surpreendente para mim. E desejo que assim seja para todos os meus leitores! Vamos aproveitar o milagre da vida para fazer dos nossos dias algo extraordinário!