COMPETITIVIDADE
Competitividade é a capacidade de uma organização cumprir a sua missão de maneira mais eficiente, com maior competência e eficiência, de forma a obter o melhor rendimento com o mínimo de erros e de despesas no menor tempo. Maior competitividade provocará maior rentabilidade.
FIRJAN
A Firjan (Federação de Indústrias do Rio de Janeiro) possui mais de 7.500 empresas associadas e tem por missão promover competitividade empresarial, educação e qualidade de vida do trabalhador da indústria e de toda a sociedade.
A Federação produz pesquisas, estudos e projetos que têm como fim o desenvolvimento sustentável do Rio de Janeiro.
RANKING DE COMPETITIVIDADE
Estudo realizado pela Firjan apurou que, em 2023, o Brasil ocupou a 46ª posição no ranking internacional de competitividade entre 66 países avaliados. Os dados foram divulgados no dia 11 de dezembro, quarta-feira.
O Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), elaborado pela Federação, avalia a situação dos países em relação a 4 aspectos: eficiência do Estado; ambiente de negócios; infraestrutura; e capital humano.
Há dez anos, em 2013, o Brasil ocupou a 40ª posição. Em 10 anos, perdeu 6 posições.
Singapura, Suíça e Dinamarca ocuparam as primeiras posições. O Brasil ficou atrás de países sul-americanos, como o Uruguai (33) e o Chile (34). O Brasil também perdeu para os parceiros do BRICS: China (13), Índia (42) e África do Sul (45).
ASPECTOS AVALIADOS
O Brasil ficou em 52ª colocação no aspecto “Eficiência do Estado” (o Estado não devolve em serviços adequados os valores cobrados em impostos, além dos altos níveis de corrupção).
Ficou em 51ª posição no aspecto Ambiente de Negócios (conjunto de fatores externos e internos que influenciam a atividade das empresas: insegurança jurídica, tendências e tecnologia).
Em infraestrutura (rodovias, meios de transporte, comunicações e energia), o Brasil ficou em 47º lugar. A taxa de investimento brasileiro em infraestrutura é muito baixa: 18% ao ano, enquanto a taxa na Índia é de 33% e na China, 43%.
Como exemplo de deficiência em infraestrutura, o tempo médio para obtenção de energia elétrica na Índia é de 53 dias; no Brasil, 128 dias.
O capital humano é o aspecto em que o Brasil obteve melhor desempenho relativo, na 33ª posição; ainda assim, com graves deficiências. A Suíça e a Coreia do Sul investem em média US$ 22 mil (R$ 132 mil aproximadamente) por aluno ao ano; o Brasil investe apenas US$ 3,7 mil (cerca de R$ 22 mil).
Em pesquisa, o Brasil investe 1,2% do PIB, enquanto a Coreia investe 4,6% de seu PIB.
O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano afirmou que “um dos graves problemas estruturais do Brasil é que as pessoas não têm acesso a educação de qualidade. Isso vira barreira para que consigam melhores postos de trabalho e gargalo para as empresas que não conseguem mão de obra preparada para os novos tempos, à altura dos enormes desafios que as transformações tecnológicas impõem”.
Como se vê pelos números e pela comparação com outros países mais desenvolvidos e mais competitivos, para que se desenvolva o Brasil precisa melhorar muito nos aspectos eficiência do Estado, infraestrutura, ambiente de negócios e capital humano.