Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe.
Quando vai mal, dizem que não existe.
Quando é para gastar, acha-se que não é preciso que exista.
Porém, quando não existe, todos concordam que deveria existir.
Trêss acontecimentos movimentaram as redes sociais nos últimos dias: no Brasil, os memes com a figura do ministro da Fazenda ensejaram, uma vez mais, o desejo de censurar as redes sociais. Nos Estados Unidos, o atentado a tiros contra o candidato a presidente Ronald Trump foi alvo de análises e comentários de toda espécie. O apagão cibernético causou transtorno em países da Europa e nos Estados Unidos. Os dois últimos estão diretamente relacionados à segurança.
O apagão cibernético aconteceu durante a atualização de sistemas de segurança da empresa de cibersegurança CrowdStrike, utilizados por muitas companhias do mundo.
O atentado a Trumpo desnudou falhas do sistema de segurança de autoridades dos Estados Unidos.Tiremos dele conclusões e ensinamentos.
Sem dúvida, houve falhas na segurança e, por isso, a coluna abordará o tema “segurança”, iniciando pelo subtítulo que dá o que pensar.
A segurança, ou a necessidade ela, está presente na vida de todos nós e em todos os nossos atos.
Quando tranca a porta da sua casa, você está zelando por sua segurança. Quando, além da fechadura normal, você coloca na porta uma fechadura tetra chave ou o olho mágico, você busca aumentar a sua segurança.
Segurança é tornar a coisa (sua posse, sua vida, seus bens, seus atos) livre de perigos e de incertezas, prevenida contra prejuízos e danos.
Os construtores assumem os riscos da construção pelo prazo de 5 anos. Segurança da construção é a sua solidez.
O credor se cerca de diferentes tipos de segurança para garantir a solvibilidade do devedor: fiança, hipoteca, caução.
A segurança que as leis dão para assegurar a convivência harmônica em sociedade e evitar que ela seja dominada pelos mais fortes. Não se considere a excepcionalidade de juízes e ministros que desprezam a lei e impõem sua vontade sobre elas.
Os condomínios proíbem a posse por moradores de explosivos e material inflamável ou trabalhos que tragam danos ou riscos aos prédios vizinhos ou aos demais condôminos. As convenções de condomínio zelam pela segurança do prédio e de seus moradores.
Quando há fatores externos, sobre os quais você não tem controle – como tempestades, raios, inundações, queda de aeronave, incêndios – você pode contratar uma empresa que ressarcirá você em caso de desastre.
A segurança do trabalho, que assegura ao trabalhador o exercício da profissão com meios para se proteger e assegurem a sua integridade física.
A Organização das Nações Unidas é o órgão encarregado de zelar pela paz e segurança internacionais. Em teoria, pelo menos. Muitos fatores a impedem de atingir seu objetivo, mas a ONU foi concebida para oferecer paz e segurança ao mundo.
O governo oferece a segurança pública e o cumprimento das leis por meio de seus órgãos de segurança: polícia militar, polícia civil.
Portanto, a segurança está presente em todos os níveis da sociedade, embora nem sempre você se lembre dela porque toma medidas de segurança automaticamente, como trancar a porta de sua casa. Além disso, segurança é substantivo abstrato, que você não toca e nem vê.
Evidentemente, a segurança tem custos, mas a falta de segurança trará custos e os prejuízos muito maiores.
Como a segurança está presente em todas as ações da sociedade, deverá estar presente em sua vida e em seus negócios e deverá fazer parte de seu planejamento. Deverá ser um fator a ser considerado em suas ações e em seus planos.
Não deixe para colocar a tranca na porta depois de a sua casa ter sido invadida por ladrões.