Você certamente já ouviu alguém dizer que a propaganda é a alma do negócio. O time do marketing discorda, alegando atuar em uma área ainda mais complexa e estratégica. Qual é a sua opinião? Vou dizer a minha sem medo: discordo de ambos. A alma do negócio é o dono, responsável direto por identificar propósito que inspire e oriente a equipe.
Propaganda e marketing, assim como outros elementos fundamentais da gestão, são ferramentas de trabalho usadas para consolidar marcas e melhorar resultados. É certo que estamos falando de atividades essenciais para criar e entregar valor, de modo a satisfazer as demandas do mercado consumidor, mas quem define o conceito de valor é o dono.
Essa introdução, aparentemente contraditória para uma profissional de comunicação e marketing, nada mais é do que uma reflexão que sempre permeou meus pensamentos, e que hoje, depois de 10 anos à frente do meu próprio negócio, falo sem medo de errar: eu sou a principal responsável pelo rumo da minha empresa!
Como dona, gestora e maior interessada, tenho o compromisso de escolher as pessoas certas, as ferramentas adequadas e o time mais oportuno para qualquer jogada. Fã de carteirinha de Peter Drucker, pai da Teoria da Administração, aprendi que ideias aparentemente simples podem desencadear uma revolução na maneira de pensar a gestão, por isso é melhor parar de culpar o mercado, a pandemia e a política pelos nossos desenganos e focar no que interessa – o futuro.
Gestão do amanhã
A Coluna HIATO se propõe a discorrer sobre o que os autores Sandro Magaldi e José Salibi Neto tratam como ‘Gestão do Amanhã’ – sob a perspectiva do marketing. A ideia é trazer técnicas e ferramentas que contribuam com a transformação em curso, que passa pelo entendimento e adaptação a um processo de digitalização e automação, no qual a tecnologia e a inovação contínua desempenham papel essencial.
Estamos na 4ª Revolução Industrial, em pleno Mundo VUCA (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), e ainda às voltas com uma pandemia que deu – e ainda está dando – o que falar. Ao que tudo indica, toda essa mudança estrutural vai promover um hiato social, com algoritmos e robôs trazendo mais agilidade e produtividade, mas também desigualdades sociais.
É nesse intervalo que você, gestor, precisa se posicionar e vender. Lembrando que o rumo da sua empresa está em suas mãos, é chegada a hora de rever velhos hábitos para criar um modelo de trabalho que se adapte a este novo normal. Chega de postergar a imersão no universo digital, contudo é vital ter olhar humano sobre o negócio.
É um desafio! Palavras como transformação e geração de valor deixaram de ser meras hashtags, porque o consumidor mudou. A boa notícia é que vamos ajudar você, trazendo cases, ferramentas e soluções de marketing desenvolvidas sob a perspectiva das grandes corporações para contribuir com o desenvolvimento de pequenas e médias empresas. Cabe a você, contudo, escolher um propósito e deixar florescer a alma do negócio.
2 Comentários
A comunicação é muito importante para qualquer negócio, independente do tamanho. Mas, concordo com a autora da coluna que tudo começa pelo dono e ele tem que escolher as ferramentas que combinam com a sua missão e não por modismo. E não devemos culpar agentes externos, por mais que eles influenciem nos resultados, por tudo que dá de errado no negócio.
Sou suspeita pra falar porque sou defensora da tese de que a empresa tem a cara do dono! Sem dúvida é ele quem define o ritmo e, claro, a alma do seu negócio. Sem propósito definido não há estratégia que funcione e negócio que se consolide.