Para comemorar dignamente a Dia da Independência, buscamos no Aurélio o significado da palavra “independência” para assim saber o que efetivamente celebrar.
O Aurélio ensina que “independência é o estado ou condição de quem ou do que é independente, de quem ou do que tem liberdade ou autonomia”. E “independente é que está livre de qualquer dependência ou sujeição e que é senhor das próprias decisões”.
De fato. Em 7 de setembro de 1822, o Brasil se tornou um estado independente e soberano, livrando-se do jugo de Portugal. Essa independência até que poderia ser comemorada.
Nenhum povo é completamente livre, porquanto subordinado a leis e à Constituição feitas pelos representantes do povo em prol do bem comum e da ordem social. Nenhum país e nenhuma organização sobrevivem sem leis; não existe nenhum país ou organização anarquista por excelência.
Sem leis, fatalmente impera a lei do mais forte ou daquele que usa os meios do Estado para impor a sua vontade. A liberdade no país existe dentro do respeito das leis que o povo aprovou para dirigir o seu rumo e o seu modo de viver.
Hoje, o Brasil não é um país independente e nem goza de liberdade e autonomia.
Você, estimada leitora, tem liberdade para criticar os ministros do STF?
Você vive sob o império das leis e da Constituição, que são respeitadas e acatadas por todos indistintamente, de modo que todos sejam iguais perante a lei como prega a própria Constituição?
Você considera que tem autonomia para manifestar-se?
Os juízes do país não seguem os estatutos previstos no Código de Processo Penal, que asseguram a presunção da inocência e o devido processo legal antes de qualquer condenação. Primeiro os juízes encontram o “criminoso” para depois imputar-lhe crimes.
Não existe equidade na aplicação de penas no país, quando se sabe que um traficante preso com 200 quilos de cocaína é posto em liberdade pela “justiça” enquanto uma dona de casa é condenada por haver escrito duas palavras idiotas numa estátua.
Não existe notícia de que, em algum país do mundo, um juiz da suprema corte tenha se dirigido a um cidadão dizendo-lhe “perdeu, Mané!”, as mesmas palavras utilizadas por bandidos em assaltos.
O Brasil tem jornalistas exilados porque exerceram o direito de informar e criticar.
Em certos estados do país, o número de beneficiados com o famigerado plano denominado “Bolsa-Família” é maior que o número de trabalhadores com carteira assinada. Cria-se um país de pobres, de vagabundos, de dependentes do governo (cadê a liberdade?), de desgraçados vivendo à custa de migalhas. Mas são esses vagabundos e ignorantes que asseguram a “eleição” do “pai dos pobres”.
Quando o voto dos vagabundos não é suficiente para eleger o candidato escolhido pelo consórcio, sempre haverá alternativas, como caixas mágicas e apurações a portas fechadas.
A oposição no Brasil é violentamente perseguida. Não há notícias sobre prisão de políticos corruptos que roubaram velhos aposentados. Existem apenas deputados da oposição cassados e exilados.
Não existe liberdade de opinião nas mídias sociais. Páginas foram suspensas; big techs foram multadas e impedidas de atuar no Brasil.
O Brasil de hoje encontra-se sob o jugo do consórcio STF/Executivo. O STF encontra-se sob o domínio de um psicopata, travestido de juiz, a quem nem mesmo os colegas de corte, que teoricamente lhe são iguais, ousam desobedecer.
O Executivo, por sua vez, utiliza o guarda-chuva de proteção que lhe oferece o STF para viajar, discursar, falar idiotices levando sempre a “acompanhante de porta de cadeia” a tiracolo, ambos a depreciarem o nome do Brasil.
O país não cresce e não se desenvolve.
Os brasileiros de bem nada têm a comemorar de independência e liberdade neste 7 de setembro.
