Falar com o coração: o segredo da comunicação no amor

A forma como nos comunicamos dentro de um relacionamento pode nos aproximar, criando mais conexão,  ou nos afastar. O mais comum é vermos casais que se separam porque  não conseguiam conversar de forma amorosa, sem acusações. O mais interessante disso é que não somos educados para falar como coração aberto, de forma clara, objetiva, sincera, mas com empatia. Por isso, muitas vezes, queremos que o outro adivinhe como desejamos ser tratados. E, na verdade, não é assim que funciona.

Conhecer as cinco linguagens do amor pode ajudar muito a compreender qual a dinâmica de cada pessoa e ser mais assertivo. Eu, por exemplo, vejo amor e gestos de carinho nos atos de serviços. Coisas simples, mas que podem facilitar a minha vida. No entanto, há pessoas que necessitam de validação, de ouvir um “te amo” todos os dias. Claro que é importante ouvir, mas para mim, as ações, os pequenos gestos de gentileza, demonstram muito mais carinho do que as palavras soltas.

Diálogo

Conversar é fundamental.  Um diálogo claro, objetivo, sem rodeios, mas com sinceridade, é o primeiro passo para as pessoas  se acertarem.  Assim, conseguimos entender quanto cada um está disposto a doar de tempo e de empenho para fazer dar certo.

Num diálogo sadio cada um coloca  como se sente e o que espera da outra parte. Quer  um exemplo bem básico de mudança de  comportamento? Em vez de falar “você nunca liga para mim”,  diga “sinto falta de conversarmos mais durante o dia,  de atos da sua parte que demonstrem que se importa comigo”. Evite o tom de acusação.

Porém, lembre-se que comunicar-se não é só falar, mas também e, principalmente, ouvir com atenção. Evite interromper e procure entender o ponte de vista do outro. E a partir das visões de cada um sobre o mesmo assunto, procurem um meio termo, que seja satisfatório pra os dois.

Mulheres

As mulheres, na maioria das vezes, são emotivas e querem falar sobre sentimentos. Os homens, por sua vez, fogem desse tipo de manifestação. Mas fica fácil driblar essa dificuldade do sexo masculino, usando frases mais assertivas. Troque  o “você me faz” por “eu me sinto”. Só com a troca do verbo, você já vai deixar a conversa mais leve, evitando o tom de acusação. Falar dos seus sentimentos abre as portas do coração. Responsabilizar o outro pelo o que você está sentindo, gera culpa e acaba fechando portas.

Quem quer se comunicar melhor, também precisa aprender a controlar a ansiedade. Escolha o momento certo para conversar. A maioria das conversas não precisa acontecer na hora da raiva, quando os ânimos estão exaltados. O tempo certo pode salvar o relacionamento.

Conversar, mesmo que uma das partes seja avessa às famosas DRs (discutir o relacionamento), é imprescindível. E a comunicação não serve apenas para resolver problemas, mas também é uma forma de demonstrar amor. Dizer “adoro quando você me ouve com atenção”, vale mais do que mil críticas. Reconhecer o que está bom e ser grato fortalece o vínculo.

E por último, mas não menos importante, sempre é bom lembrarmos que não estamos em uma competição, na qual um tem que vencer. As conversas devem acontecer para que as pessoas se compreendam, não para uma das partes provar que tem razão.

Em resumo,  uma comunicação eficaz é alimentada por respeito, escuta e empatia. Quando falamos com o coração aberto, o amor cresce e o vínculo se fortalece. E, até mesmo quem não gosta de conversar, entende que a troca de ideias de tempos em tempos é uma forma de valorizar e melhorar o relacionamento, fazendo com que os dois ganhem. Já dizia um dos maiores comunicadores da televisão brasileira, Abelardo Barbosa, conhecido por Chacrinha: “quem não se comunica, se trumbica”.