Há muitos exemplos de empresas que se estabeleceram e se firmaram, seguindo diferentes concepções, e todas contribuem com seu exemplo para aprendizagem de empreendedores e gestores. É ótimo aprender com a experiência alheia e com o estudo de casos de empresas que deram certo, concorda? Sendo assim, conheça o caso de sucesso do Bahamas, grande rede de supermercados com quase 70 lojas no interior de Minas Gerais.
O supermercado começou como um bar em 1980, expandiu-se para rede de supermercados e tem por objetivo estar entre os 10 maiores supermercados do país em cinco anos.
Desde que começou, do zero, Jovino Campos, proprietário e empreendedor, pressentiu que precisava trabalhar mais próximo da população, com o conceito de loja de vizinhança. Queria estar onde os grandes não estavam. Então, expandiu-se pelo interior do Estado de Minas Gerais. Prefere o sentimento de vizinhança, de permitir às pessoas saberem que contam com um supermercado pessoal, ao invés das redes impessoais das grandes cidades. Mantém a orientação firme para que seus colaboradores tratem as pessoas como vizinhas e amigas e que façam o máximo para atender às suas necessidades com atenção e cortesia.
Jovino Campos diz que diversificou as lojas de acordo com a região em que as estabeleceu: tem 4 hipermercados, 16 supermercados de vizinhança, 5 mercados em bairros menores abaixo de 1 mil metros quadrados, 7 mais sofisticados e 9 lojas de conveniência. No entanto não tem a intenção de expandir-se para as capitais, nas quais o custo é bem maior, o investimento é alto e o número de lojas há que ser grande para justificar a entrada. Ele não tem a intenção de ser apenas mais uma rede nas capitais; prefere ser uma grande rede do interior.
Enquanto as grandes redes montam lojas de 5 mil metros quadrados, ele prefere montar lojas menores, de 2 a 3 mil metros quadrados, e ter número maior de lojas. Busca locais de fácil acesso, onde haja concentração de moradores. As lojas menores exigem menor investimento e dão retorno mais rápido.
O Bahamas fez experiência com o e-commerce, porém, como a rede não estava preparada, desistiu porque percebeu que não estava atendendo bem os clientes e ficou com receio de queimar a imagem da empresa. Pretende voltar ao e-commerce depois que se preparar adequadamente para a modalidade.
O Bahamas enfrentou dificuldades durante a pandemia: aumento de despesas com colaboradores para controlar a entrada e saída de clientes; aquisição de equipamentos, máscaras e álcool; funcionários afastados (mulheres grávidas e outras com comorbidades); contratação de funcionários para substituir os afastados; horário de funcionamento reduzido e até lojas fechadas em cidades nas quais o prefeito decretou lockdown completo. Espera que a vida volte ao normal para realizar novos investimentos, interrompidos em razão da COVID-19.
Em 2022, Campos espera consolidar lojas que foram abertas, planejar adequadamente as atividades e adequar as operações das lojas, mesmo com as dificuldades decorrentes do aumento da inflação, a perda do poder de compra ocorrida em 2021 e o crescimento da concorrência.
Tem boas expectativas em razão dos fatores positivos para o ano: o aumento do salário mínimo, a realização de eleições que movimentam o comércio e a atenção a oportunidades que surjam.
Exemplo de sucesso!