Cada dia do ano tem motivo especial a ser comemorado. Pessoas, fatos e profissões têm o dia para ser homenageados e lembrados.
Há quem questione a necessidade da existência de datas comemorativas de fatos rotineiros, de pessoas ou de profissões. A resposta é simples. O dia comemorativo existe para que, nesse dia especial, o homenageado possa ser lembrado, receber agradecimentos e ser destacado de maneira especial e mais intensa. Você já agradeceu e homenageou, nos respectivos dias, o seu médico? Ou o gari que mantém a cidade limpa? Ou seus amigos? Orou pelo santo do dia, agradecendo-lhe o exemplo de fé, de caridade e amor a Deus e ao próximo que ele deixou?
Há pessoas que questionam a existência do Dia das Mães, alegando ser data essencialmente comercial, que existe apenas para movimentar o comércio. Coisa de norte-americano, que somente pensa em dólar e em comércio, dizem. Alegam até que o Dia das Mães são todos os dias do ano, pois dedicam afeto à mãe nos 365 dias do ano e que não há, portanto, necessidade de data especial.
O dia comemorativo existe justamente para que, nesse dia, o homenageado possa ser lembrado, agradecido e exaltado de maneira especial e mais intensa; para que, no dia especial, se saia da rotina e das demonstrações rotineiras de afeto de todos os dias para acrescentar-lhe um “plus” de carinho e de amor. No dia especial, homenagem especial. Isto fará bem ao homenageado e a quem presta a homenagem.
É o Dia das Mães? Lembremo-nos de homenageá-la, de manifestar-lhe amor e carinho de maneira especial; de agradecer-lhe o amor, o carinho e a atenção que ela nos dedicou e dedica; de presenteá-la como forma de retribuição do muito que ela nos ofereceu ao longo da vida.
Napoleão Bonaparte disse que “o futuro dos filhos é a obra das mães”. Portanto, filha, você hoje é o que é e quem você é por obra de sua mãe. Agradeça-lhe. Retribua-lhe, de maneira especial, a dedicação a você. Valorize-a. Seja reconhecida. Aproveite, pois, o dia especial para fazer manifestações especiais de amor e carinho a sua mãe.
Há passagem bastante significativa no livro “Os deuses têm sede”, do escritor francês Anatole France, na qual a filha da Sra. Gamelin tenta justificar para a mãe o fato de haver fugido de casa com o amante. A Sra. Gamelin diz para a filha: “Minha pobre menina, não tens necessidade de justificar-te aos meus olhos. Sou tua mãe. Para mim, serás sempre inocente”.
Essa passagem reflete bem a maneira como as mães veem os filhos e olham para eles. Olhar de compreensão. Olhar de carinho. Olhar de complacência. O mesmo olhar com que olhou o bebê recém-nascido que lhe foi posto nos braços. O mesmo olhar com que olhou o filho que amamentava. O mesmo olhar com que olhou o filho ao longo de sua vida. Olhar de amor maternal, enfim, pois o amor reúne em si todas as virtudes.
Que nós, filhas, além dos presentes ofertados, do beijo carinhoso, do abraço afetuoso e do carinho meigo, ofereçamos à mãe o olhar de amor, cheio de gratidão, amor e reconhecimento, em retribuição aos olhares que dela recebemos.
Que tenhamos todas o olhar de afeto e carinho para com as mulheres pois, ainda que não tenham sido mães de fato, as mulheres, e somente elas, trazem em si a beleza da maternidade e o sentimento feminino próprio das mães. Por isso, serão sempre mães.
1 comentário
Belíssimo texto. Sensível e emocionante…amei!