No Dia Mundial do Doador de Sangue, o PORTALIMULHER destaca pessoas que legaram exemplos de caridade, amor ao próximo e altruísmo e registraram dados impressionantes de doação e sangue.
PHIL BAIRD
Quem acessar o Guiness Book à procura do nome dos maiores doadores de sangue encontrará o nome do australiano Phil Baird como dono do recordista do número de doações de sangue – 231 -, perfazendo 103,9 litros de sangue doados ao longo da vida. Lembrar que o corpo humano tem cerca de 5 litros de sangue. Portanto, ele terá doado mais de 20 vezes a quantidade de sangue existente em seu corpo.
ORESTES GOLANOVSKI
Orestes Golanovski, catarinense de Canoinhas (SC), doou sangue 187 vezes entre 1958 (quando serviu ao Exército e doou sangue pela primeira vez) e 2006 (quando parou de doar porque atingiu a idade limite de 65 anos).
Em 1991, Orestes Golanovski criou a Associação de Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (ADOSAREC), que conta atualmente com mais de 4.500 doadores cadastrados e fidelizados.
Golanovski dignificou sua cidade, que passou a ser conhecida como a “Capital dos Doadores Voluntários”, título, como dizem seus conterrâneos, conquistado com sangue.
JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA
Sargento José Maria de Oliveira (1926 – 1983)
O nome de José Maria de Oliveira não aparece no Guiness Book e nem em menções honrosas da OMS e, por essa razão, terá destaque neste artigo. Oliveira merece constar entre os heróis brasileiros. Herói no sentido literal da palavra, por seu valor e magnanimidade, e não no sentido desgastado usado vulgarmente para se referir a quem participa de programas ao vivo de TV ou a jogador de futebol.
O Sargento José Maria de Oliveira nasceu em Itamarandiba (MG) em 1926 e foi para Diamantina em 1947 a fim de assentar Praça na Polícia Militar e lá viveu discretamente a doar sangue e a praticar o Bem.
O presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Seção Regional de Diamantina, Dr. Antônio Geraldo Antunes de Oliveira, deu declaração, registrada em cartório, no sentido de que, após examinar atestados médicos, comprovou que o Sargento José Maria, sem ônus para os doentes mas apenas com a intenção de salvar vidas, doou 372,5 litros de sangue ao longo de sua vida.

Além de doador de sangue, o Sargento José Maria era enfermeiro voluntário na Santa Casa de Diamantina e cuidador voluntário de enfermos. Ia voluntariamente até à casa de doentes e idosos para fazer-lhes curativos, cuidar-lhes e dar-lhes banho. Jamais cobrava por seus serviços.
Perguntaram-lhe por que não cobrava pelos serviços de enfermagem que prestava às pessoas, ainda mais que não tinha carro e ia a pé até às casas, e ele respondeu que se esforçava para merecer o Reino dos Céus.
Oliveira não respeitava o prazo mínimo entre uma doação de sangue e outra; jamais negou a pedidos que lhe faziam. Nunca aceitou recompensas e nem gratificações e nem se preocupava em ter comprovante das doações que fazia.
A pessoa magnânima não se preocupa com vaidades; realiza-se por praticar o Bem. Praticava o Bem pelo Bem. Praticava a caridade pela caridade e pelo amor ao próximo. Pretendia “apenas” ser merecedor do Reino dos Céus.
Ele presidiu a Associação dos Vicentinos de Diamantina. Durante o ano, arrecadava roupas, brinquedos, tecidos e cobertores e os deixava guardados na Igreja de N. S. do Amparo. No Natal, vestia-se de Papai Noel e distribuía presentes e alegria para os pobres da cidade.
Os filhos do Sargento José Maria Oliveira residem em Diamantina, dentre eles Maria Elisabeth Oliveira Araújo, que prestou valiosas informações sobre seu pai, as quais subsidiaram este artigo.
A humanidade precisa de pessoas bondosas e caridosas para ajudar os mais necessitados, para espalhar o Bem e, principalmente, para servir de exemplo de caridade para todos. A caridade é a maior de todas as virtudes.
A grande virtude do Sargento José Maria Oliveira não estava na doação em si; estava no afeto e na bondade com que doava e manifestava o amor ao próximo.
Estes os verdadeiros heróis brasileiros e exemplos de vida, por vezes injustamente esquecidos pelo mundo materialista e hedonista.
3 Comentários
Herói silencioso!
Sua única meta para tanta doação era ser digno do Reino de Deus!
Na verdade, era sua grande ambição! Servir ao seu semelhante é servir ao Criador. Parabéns pelo artigo.
Excelente artigo!
VALIOSO!
Data que vale a pena ser divulgada. Parabéns pela coluna!