A Rainha Elizabeth II completou 70 anos de reinado. Li interessante artigo do CEO da Open Mind Brasil, Lúcio Júnior, no jornal O Tempo, no qual ele explora o tema de forma inusitada e que, por isto mesmo, merece ser trazido para nossos leitores. Inicialmente, poderão perguntar o que as bodas de platina da Rainha Elizabeth teriam que ver com nossa coluna sobre os princípios da guerra de Sun Tzu aplicados ao comércio e às empresas. Vocês terão a resposta ao longo do texto.
O articulista perguntou como Elizabeth II conseguiu manter-se por 70 anos como rainha da Inglaterra. Durante este tempo, passaram-se papas, ditadores, presidentes, primeiros-ministros e governantes. Ela se encontrou com 14 dos últimos 15 presidentes dos Estados Unidos e fez cerca de 120 viagens oficiais.
Agora mesmo, fará nova viagem pelo interior da Inglaterra, sob pretexto de comemorar os 70 anos de reinado, mas que também é bela jogada de marketing.
Durante seu reinado, o marido morreu. Um filho divorciou-se. Outro filho perdeu a realeza e as honrarias de militar do Exército britânico. Um neto casou-se com quem quis e deixou a monarquia. A rainha manteve-se firme no trono.
Aí, veio a pergunta que o articulista fez e que trago para vocês: como e por que ela conseguiu-se preservar o reinado por tanto tempo? Que estratégias usou? Como conseguiu superar crises e dificuldades? Ainda mais que há pessoas que questionam o custo da realeza britânica e a existência do trono inglês.
Não conheço a rainha e dela recebo notícias apenas pelos noticiários, mas acredito conhecer, ou pelo menos deduzir, características da rainha que lhe asseguraram o trono por tanto tempo.
Equilíbrio e liderança, sem sombra de dúvida. Ela pairou sobre desavenças entre primeiros ministros e entre os partidos políticos ingleses por ter equilíbrio, serenidade e senso de julgamento.
Empatia e respeito, porquanto ela sempre se fez respeitar e, por isso, foi e continua sendo respeitada.
Humildade pois, mesmo sendo rainha, jamais se ouviu narrar um gesto ou atitude de arrogância por parte dela.
Propósito de defender o trono e de manter-se como imagem de união dos ingleses. Manteve o foco, reconhecendo o seu papel e a importância de sua função.
Ela teve as habilidades fundamentais para a função de rainha e desenvolveu o reinado em torno de suas habilidades.
Evidentemente, ela não nasceu rainha; foi educada e preparada para SER rainha. Ela teve família que a preparou para ser a futura rainha da Inglaterra e que contratou professores e mestres para aumentar-lhe a cultura e o preparo.
Mesmo que não tenha nascido com as virtudes de liderança, de capacidade de chefiar, de equilíbrio e de postura para ocupar o trono, Elizabeth foi preparada para ser rainha.
Eis a grande questão: ainda que não nasçamos líderes, nem administradores e nem gerentes, podemos ser preparados para a função e, com preparo, dedicação e perseverança, desenvolver habilidades, conhecimento e aptidões para bem exercer aquelas funções.
Aqui entra o nosso papel: aqui estamos para preparar pessoas para ser líderes e gerentes.
Este o objetivo do PORTALIMULHER em geral e da coluna em particular.